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Estresse no trabalho: 4 indícios e como resolver

Estresse no trabalho: 4 indícios e como resolver

O estresse no trabalho é algo comum em praticamente todas as empresas. Causado pela resposta do organismo a fatores externos (estressores), é cientificamente comprovado de que ele foi essencial para a sobrevivência humana, por deixar o indivíduo preparado para lutar ou fugir.No entanto, quando o corpo é exposto constantemente a estressores, ele não tem tempo de se recuperar da alta carga hormonal. É nesse momento que o estresse começa a se instalar e estimular diversas patologias.Se a sua organização é um ambiente de constante estresse, você precisa tomar atitudes para mudar esse cenário. Neste post, você vai saber mais sobre os malefícios no ambiente de trabalho e como contornar determinadas situações conflitantes. Confira a seguir!

Como o estresse se divide?

O estresse é positivo em sua primeira fase, quando a alta produção de adrenalina e cortisol deixa o indivíduo alerta a qualquer problema que possa surgir e motivado a superar atribulações. No entanto, o perigo aparece quando a situação não se acalma após uma noite de sono.A chamada fase de resistência, quando o organismo se prepara para voltar ao estado normal, é crucial para que o estresse não afete a vida do indivíduo. É necessário ficar atento quando o colaborador já aparece cansado no trabalho e tem lapsos constantes de memória.Quando o indivíduo não se atenta aos detalhes que o estresse no trabalho está causando, chegamos na terceira fase: a de exaustão, na qual aparecem as patologias. insônia, ansiedade, irritabilidade e angústia tornam-se comuns à vida do colaborador.

Quais os malefícios de um ambiente de trabalho estressante?

O estresse no trabalho é algo tão sério que tem causado inúmeras patologias ao redor do mundo. No Japão, o país com mais trabalhadores estressados no mundo, o termo karoshi é usado para designar a morte ocorrida por excesso de trabalho e estresse ocupacional ― que, na maioria das vezes, acontece por ataque cardíaco e derrame.Já no Brasil, segundo lugar no ranking, o estresse é o terceiro maior motivo para afastamento por mais de 15 dias do trabalho, perdendo para traumas por acidente e DORT (Doenças Osteoarticulares Relacionadas ao Trabalho).Segundo pesquisa da ISMA-BR (International Stress Management Association no Brasil), 9 em cada 10 brasileiros ativos no mercado de trabalho estão com algum nível de ansiedade. A mesma organização já verificou que pelo menos 30% dos trabalhadores sofrem de síndrome de burnout.O estresse leva a maiores riscos de insônia, derrames, depressão, diabetes, doenças causadas por ansiedade, transtornos alimentares, síndrome do cólon irritável e morte prematura devido a um ataque cardíaco.

Quais os indícios de estresse no trabalho?

Para descobrir quais programas de prevenção e controle devem ser promovidos em sua empresa, é necessário saber os sintomas que estão ocorrendo no ambiente de trabalho. Algumas características são bem comuns entre pessoas com alta carga de estresse:

  • sudorese excessiva;
  • ombros erguidos mesmo quando o corpo está relaxado;
  • dentes cerrados;
  • tensão na região dorsal;
  • dores musculares;
  • respiração ofegante;
  • desorganização.

Para um profissional de recursos humanos, é complicado analisar fatores tão específicos. No entanto, alguns comportamentos coletivos deixam claro o alto nível de estresse que infecta a organização. Veja algumas a seguir.

1. Conflitos e situações ameaçadoras entre colaboradores

Em ambientes altamente competitivos, a cobrança vertical (do superior ao subordinado) afeta seriamente o relacionamento horizontal (entre colaboradores do mesmo nível hierárquico). Cobranças de resultados, metas não alcançadas e eventuais erros de execução podem ser a faísca para conflitos, brigas, xingamentos e até agressões.Outro problema que estimula esse comportamento é a falha na comunicação, que pode ocorrer tanto entre os colaboradores quanto equipe e superiores. Quando cada pessoa entende a informação de uma forma, fica difícil concluir o trabalho corretamente e, como consequência, há desentendimentos.Identificar o problema é o principal fator para resolver conflitos constantes no setor. Ele também pode ocorrer por assédio moral ou sexual. Faça constantemente pesquisas para descobrir como anda o clima organizacional. Garanta o anonimato aos participantes.O colaborador agredido deve se sentir amparado nesse momento. A empresa pode promover programas para alinhar a cultura organizacional, trabalho com psicólogos e, caso haja agressão física ou verbal, implementação de uma punição adequada.

2. Funcionários muito nervosos ou com reações exageradas

O estresse pode ser caracterizado pelo momento em que a pressão supera o cansaço. Pessoas que passam por ele sofrem com insônia, que causa mau humor e comportamentos intempestivos.Se o colaborador tem uma reação muito alterada por um problema bobo ou se assusta quando alguém bate à porta ou chama seu nome, é bem provável que esteja passando por um alto nível de estresse ― e, por vezes, com chances de estar inclusive sofrendo assédio.Novamente, lembre-se de amparar o colaborador: ele deve ter um canal para denúncias, atendimento de um psicólogo e a punição ao assediador ― que, se não for demitido, não pode continuar no mesmo ambiente que a vítima, que pode se sentir coibida.

3. Excesso de faltas por problemas de saúde

Doenças mentais e comportamentais causadas por altos níveis de estresse foram a terceira maior causa do afastamento do trabalho entre 2012 e 2016, sendo responsáveis por mais de 17 mil concessões de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nesse período.Uma cultura organizacional que priorize um ambiente saudável, sem cobranças hostis e que não colabore para que o trabalhador se sinta humilhado diante dos colegas é fundamental para que sua psiquê seja preservada. Além disso, seminários e palestras sobre saúde física e mental poderão esclarecer e desmistificar várias questões, tanto para colaboradores quanto para gestores.Esses eventos precisam estimular os colaboradores a adotar hábitos saudáveis, como dormir de sete a oito horas por noite, passar um tempo com a família, ter vida social, praticar exercícios físicos e fazer uma reeducação alimentar.No entanto, não adianta a empresa promovê-los se não permite que os profissionais tenham tempo para sua vida pessoal. A carga de trabalho e a compensação por horas extras precisam ser respeitadas, assim como as faltas justificadas.

4. Colaboradores sem motivação

Colaboradores sem perspectivas de crescimento ou que não se sentem reconhecidos pelo trabalho também costumam sofrer com a alta carga emocional ― esse último motivo, aliás, é o principal para que o trabalhador brasileiro aponte o emprego como a maior causa de estresse.Além disso, a recessão econômica e o medo do desemprego afetam consideravelmente a saúde do profissional, sendo fatores responsáveis pelo afastamento por estresse.A motivação do profissional depende bastante dos estímulos da organização. Um plano de carreira oferecido motiva o colaborador a se empenhar para oferecer um trabalho de qualidade e, assim, ser indicado para uma futura promoção.É importante que os gestores não se manifestem apenas para criticar, mas também para exaltar tarefas bem executadas e metas ultrapassadas.Como você viu, o estresse no trabalho é algo comum, mas que traz consequências devastadoras para a vida dos colaboradores. Preste atenção a comportamentos exagerados, faltas por problemas de saúde e profissionais subitamente retraídos. Assim, é mais fácil identificar o problema e aplicar as soluções necessárias.Gostou de saber mais sobre estresse no trabalho? Quer receber mais dicas sobre carreira e desenvolvimento humano? Assine nossa newsletter e acompanhe todas as novidades diretamente no seu e-mail!

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