Você já ouviu falar na expressão workaholic? O termo pode até parecer estranho, mas essa condição é recorrente na vida de muitos brasileiros. Inclusive, esse pode ser um problema que está afetando a qualidade de vida dos seus colaboradores.
Nesse caso, é crucial ter atenção aos sinais e aos sintomas de um workaholic para tentar ajudá-lo a lidar de uma forma mais saudável com o trabalho.
Quer entender mais sobre esse assunto e conhecer 3 sintomas de um workaholic? Então, continue acompanhando o post até o final!
O que é um workaholic?
De forma bastante resumida, o workaholic é aquele profissional viciado em trabalho. É a pessoa que cumpre muitas horas além da sua jornada, está sempre com a cabeça ligada nos problemas da empresa, tem dificuldade para relaxar — e, quando não está trabalhando, está pensando em trabalhar.
Esse comportamento vicioso pode ser confundido com dedicação e, em muitos casos, até é estimulado por gestores que não fazem ideia do risco que ele oferece. O comprometimento excessivo com o trabalho pode gerar um grave desequilíbrio emocional, mental e até físico, oferecendo danos à saúde do indivíduo.
Com o esgotamento e a exaustão provenientes desses esforços, mesmo o melhor profissional em uma área pode se tornar relapso, ineficiente e improdutivo. Aliás, a produtividade não tem muito a ver com a constante ocupação vivenciada pelo workaholic.
Quais são os sintomas de um workaholic em que o RH precisa ficar de olho?
Um workaholic sempre dá sinais do desequilíbrio e, por isso, é fundamental que o RH esteja atento a esses sintomas. Dessa forma, é possível fazer uma intervenção pontual para resolver o problema e evitar as consequências desastrosas que podem vir dele. Veja a seguir!
1. Carga horária exagerada
O primeiro sinal aparente que um workaholic dá é uma carga horária exagerada de trabalho. Esse profissional fica muito além do horário estabelecido, e não porque precisa resolver um problema ou dar conta de uma demanda específica. Ele simplesmente encontra motivos para continuar trabalhando.
Esse profissional geralmente é o primeiro a chegar e o último a sair. Além disso, mesmo quando o cansaço bate, ele insiste em permanecer trabalhando, sempre com alguma desculpa como adiantar um serviço ou deixar tudo organizado para o dia seguinte.
2. Estresse constante
O workaholic está sempre estressado. Isso acontece principalmente porque ele se mantém ocupado o tempo todo e tem dificuldade em relaxar das suas atividades ou preocupações. Dessa forma, o sistema nervoso está constantemente afetado, e o colaborador encontra resistência para lidar com as outras pessoas.
A falta de descanso e de desconexão com o trabalho torna o workaholic ainda mais tenso e irritadiço. Sua vida se resume ao trabalho e, mesmo quando ele vai para casa, pode sentir sintomas como abstinência e estresse por não estar trabalhando.
3. Dificuldade para socializar
O workaholic só tem um assunto: o trabalho. Por isso, ele pode acabar encontrando dificuldade para se relacionar com as outras pessoas da equipe. Além disso, suas opiniões podem ser mais carrancudas e complicadas de serem amenizadas diante do grupo.
Por estar sempre estressado e focado em questões da empresa, o workaholic não costuma estar incluso nas rodas de conversa da empresa. Ele também não se mistura no horário de almoço e pode acabar se sentindo isolado dos demais.
Por que prestar atenção aos funcionários que trabalham demais?
O workaholic não está apenas prejudicando a si mesmo quando desenvolve esse vício. Na verdade, ele está comprometendo o desempenho de todos da equipe, porque apesar de estar sempre ocupado e assumindo mais e mais cargas de trabalho, ele dificilmente dá conta de tudo com maestria.
É importante entender que por trás desse colaborador existe uma pessoa exausta, sem condições para exercer sua criatividade, bom humor e até mesmo conexão com as outras pessoas. Por isso, seu trabalho se torna mecânico, repetitivo e, muitas vezes, desatento.
O workaholic é um prejuízo para a empresa no longo prazo. Da mesma forma, ele é um risco constante para a própria saúde e pode viver sempre à beira de uma Síndrome de Burnout. Sendo assim, é fundamental que o RH fique de olho para tentar ajudar.
O que o RH pode fazer para reverter essa situação?
Todo workaholic pode ser resgatado dessa condição e voltar a apresentar um comportamento saudável e equilibrado, que facilite a sua produtividade. Para isso, é fundamental contar com o apoio do RH, que precisa se manter disponível para:
- ajudar os colaboradores a reorganizar suas tarefas de trabalho, planejando cada etapa estrategicamente;
- incentivar o trabalhador a ficar na empresa apenas durante a sua jornada e parar de levar trabalho para casa;
- criar um ambiente de trabalho que estimule as interações sociais, as pausas para descanso e a diversão nos intervalos;
- incentivar a prática de exercícios, hobbies e compromissos sociais, principalmente na vida pessoal;
- destinar um tempo, durante a rotina de trabalho, para que todos façam uma pausa e se distraiam um pouco das suas atividades;
- envolver o colaborador em atividades diferentes daquelas que são rotineiras, contribuindo para que ele entre em contato com outros setores;
- promover o aconselhamento externo de um psicólogo ou outra forma de intervenção.
O excesso de trabalho é resultado de um desequilíbrio entre os esforços profissionais e a vida pessoal. Mas, em muitos casos, também pode indicar uma dificuldade para organizar melhor as prioridades e cumprir com aquilo que é fundamental.
Por isso, indicamos o treinamento Produtividade Consciente, em que as equipes trabalham justamente:
- introdução — os mitos da produtividade e como ser produtivo é diferente de ser ocupado;
- definir escolhas — a criação de um propósito e a conexão do trabalho com a realização pessoal;
- fazer acontecer — o aprendizado sobre o que é essencial e o ponto máximo de contribuição alcançável;
- alinhar expectativas — a organização da agenda e a gestão de frustrações de metas inalcançáveis;
- manter-se consciente — o reconhecimento de que produtividade é fruto de um equilíbrio.
Com isso, o profissional tem a oportunidade de rever suas prioridades, entender que se manter atolado em trabalho não significa que ele está realmente produzindo, e resgatar o prazer em exercer suas atividades laborais. Sua saúde pode ser restaurada através dessa estratégia e a empresa também acaba ganhando com isso no longo prazo.
É muito importante que o RH se mantenha atento em ajudar os colaboradores a encontrarem um equilíbrio no trabalho. Os cursos e treinamentos também têm um papel fundamental em ajudar que cada indivíduo perceba seu comportamento nesse sentido.
Então, se você quer contribuir para que o seu time se livre dos sintomas de um workaholic, converse com a gente!