Investir em branding pessoal é essencial para quem é líder ou almeja ser. É necessário reforçar sua identidade, de modo que seja mais fácil se destacar, assim como deixar sua marca pessoal na mente e no coração de outras pessoas.
Entretanto, ainda existem muitas dúvidas sobre o assunto. O que significa branding pessoal? Quais seus principais benefícios para líderes? Como utilizá-lo de forma correta e conquistar resultados superiores à média? Entre outras dúvidas frequentes.
Nos tópicos seguintes, ganhamos profundidade. Explicamos cuidadosamente o que é branding pessoal, quais os benefícios e como utilizá-lo. Confira!
O que é branding pessoal?
Você já deve ter ouvido falar em branding, correto? O termo vem do inglês e quer dizer "marca". Quem trabalha com design ouve com muita frequência o termo, afinal de contas, é preciso construir marcas de empresas, produtos e até cidades, entre outras coisas.
O que muitos não sabem é que a construção de marcas também é de interesse dos profissionais, especialmente dos líderes. Uma boa marca pessoal pode somar uma série de vantagens, explicadas adiante, o que promove melhores resultados e mais ganhos.
Sendo assim, branding pessoal refere-se ao processo de construção de uma marca pessoal, de modo que o profissional consiga imprimir com qualidade e consistência sua identidade, diferenciando-se de outros talentos e ganhando certa vantagem competitiva.
Um ponto curioso é que o branding pessoal não conta exatamente com um início, meio e fim, como ocorre com outros processos. É algo contínuo, que exige esforço constante e vigilância permanente. Pequenos deslizes podem prejudicar sua marca como líder.
Quais os objetivos do branding pessoal?
Se a construção da marca pessoal é um processo, quais seus objetivos? Na prática, existem vários. Ninguém investe tempo, energia e recursos financeiros em branding pessoal apenas por considerá-lo divertido ou interessante. Existem muitos interesses, explicados a seguir.
Construir uma identidade única
Literalmente, todas as pessoas são únicas. A biologia prova isso com facilidade. Todavia, ao entrar no mercado de trabalho, é difícil provar que isso é verdade. O que diferencia um líder de vendas de tantos outros que já fazem negócios e cativam clientes?
Uma marca pessoal ajuda a mostrar que você, enquanto profissional, é realmente único. Que conta com uma identidade própria e que não deve ser confundida com outros talentos que também estão no mercado. Logo, o branding é um DNA profissional.
Destacar o profissional no mercado
No mercado, profissionais que se destacam positivamente conseguem mais prestígio, admiração e melhores salários. Também são comumente mais requisitados por clientes e dignos de confiança dos liderados. A questão é: como se destacar?
Novamente, o branding pessoal é uma grande ajuda. Ao tornar o profissional único, diferente de outros que já atuam no mercado, a marca pessoal promove o que é chamado de diferencial competitivo. O profissional pode se destacar com mais facilidade.
Melhorar o nível de autoconhecimento
Branding pessoal não é apenas um pretexto. É algo profundo. Portanto, para construí-lo, o profissional deve passar por uma jornada de autoconhecimento. Em outras palavras, torna-se necessário entender seus objetivos, pontos fortes e fracos, entre outras coisas.
Nesse aspecto, outro objetivo do branding pessoal é fazer com que o profissional melhore o nível de compreensão de si próprio. Isso gera uma série de benefícios subsequentes, como o aumento da inteligência emocional, do foco e a melhor aplicação das competências.
Reduzir desperdícios de tempo e energia
Quando um profissional não conta com uma boa marca pessoal, acaba tendo que investir mais tempo e energia, entre outros recursos, em metas que poderiam ser obtidas com mais facilidade. Além disso, por não se conhecer, desperdiça recursos escassos e preciosos.
Novamente, o branding pessoal ajuda muito. Objetivos como a delimitação da carreira e o crescimento podem ser facilmente alcançados. Erros por falta de compreensão própria ou inconsistência nas ações podem ser evitados. Assim, os recursos são mais bem aplicados.
Como se diferencia de marketing pessoal?
Muitas vezes, profissionais confundem marketing pessoal com branding pessoal. É um equívoco frequente, mas que deve ser evitado, pois cada "ferramenta" conta com benefícios próprios. Você pode fazer branding pessoal sem marketing pessoal — ou vice-versa.
Para uma melhor compreensão, vamos voltar ao conceito de branding pessoal: o processo de construção de uma identidade pessoal, de modo que consiga imprimir com consistência e qualidade uma imagem profissional única. É seu DNA. Sua identidade como talento.
O marketing pessoal, por sua vez, está menos preocupado em delimitar sua identidade e mais preocupado em veiculá-la às pessoas certas. Assim, você pode compreendê-lo como o conjunto de técnicas para disseminar sua imagem profissional, de modo que consiga impactar mais pessoas e aumentar as chances de seu nome ser lembrado, quando preciso.
Em resumo, você pode pensar no branding pessoal como a forma e no marketing pessoal como o canal. Você precisa de ambos. Se consegue arquitetar uma boa identidade e levá-la às pessoas certas, aliando bem ambas as "ferramentas", terá resultados grandiosos.
Portanto, não se preocupe com discussões como: é mais apropriado investir em branding ou marketing pessoal? O marketing é superior ao branding? O branding ocorre em função do marketing, como uma subcategoria? São inúteis! Na realidade, você precisará dos dois.
Por que é importante para líderes?
Por vezes, pessoas que atuam em cargos de venda, como representantes de negócios ou empreendedores, entendem bem a importância do branding pessoal e investem no tema. Entretanto, líderes mais generalistas não compreendem bem o investimento e deixam o assunto em segundo plano. Um erro grave. O branding pessoal beneficia bastante o líder.
Líderes de todos os tipos — empresariais, políticos e comunitários, por exemplo — podem alcançar ótimos resultados ao investir em branding. O aumento da autoridade no mercado e a atração de gente talentosa para suas equipes são exemplos disso. Entenda mais, a seguir.
Aumenta o grau de autoridade
Bons líderes contam com autoridade. Não aquela autoridade formal, proveniente do título que possuem ou cargo que ocupam, mas a autoridade de quem é realmente referência na área e sabe do que está falando. O branding pessoal pode ajudar na construção dessa autoridade.
Uma marca bem construída reforça características, competências ou histórias que geram mais autoridade ao líder perante seus liderados, clientes ou outras partes interessadas (os chamados stakeholders). Assim, gera mais confiança e certamente melhores negócios.
Promove segurança quanto ao caminho a seguir
Líderes são frequentemente provados pelos desafios. Um mês com vendas fracas, clientes mais chateados ou períodos de crise econômica. Apesar do desafio, o líder continua dando a direção a ser seguida e deve transmitir segurança suficiente àqueles que o seguem.
Nesse aspecto, um bom branding pessoal é realmente útil. Como consequência da maior autoridade e confiança associadas ao líder, existe mais segurança quanto ao caminho a ser trilhado. Ou seja, os liderados podem continuar caminhando, confiando no direcionamento.
Facilita a atração e a retenção de talentos
O sucesso de uma liderança depende de muitos fatores, especialmente três: o líder, o time (liderados) e o contexto. O contexto, várias vezes, está fora do controle do líder. Os liderados estão dentro da sua esfera de controle, sendo preciso atrair e manter pessoas talentosas.
Novamente, o branding pessoal ajuda muito. Quem não quer trabalhar com um líder que é autoridade e referência no mercado? Que transmite segurança e respeito às outras pessoas? Assim, o branding pessoal ajuda a atrair e reter talentos, bem como criar ótimas equipes.
Aumenta o nível de inteligência emocional
Sabe-se que a inteligência emocional (IE) é realmente importante para os líderes. Quando dotados de um alto grau de IE, líderes tornam-se mais articulados e empáticos. Também conseguem criar melhores vínculos interpessoais e decidir mais assertivamente.
Curiosamente, o branding pessoal ajuda a desenvolver a IE. Isso ocorre porque os líderes passam a se conhecer melhor, entender seus pontos fortes, bem como compreender suas fraquezas. Em resposta, o autoconhecimento gera mais inteligência emocional.
Como ajuda a alavancar a carreira?
Até aqui, você pôde notar que o branding pessoal está diretamente ligado a uma série de benefícios, especialmente para os líderes. A questão agora é: como isso pode ajudar a galgar os degraus da carreira, permitindo o alcance de posições de liderança mais elevadas?
Há muitas respostas possíveis. Primeiramente, o maior senso de autoridade e segurança gera subsídios para cargos mais elevados. É como se o indivíduo estivesse comunicando que é maduro o suficiente e conta com as competências certas para o crescimento profissional.
Outro ponto importante é que o branding pessoal ajuda a delimitar prioridades e definir os desafios que realmente valem a pena enfrentar. Logo, você pode concentrar os seus recursos no que realmente importa e garantir que resultados superiores sejam alcançados.
Também é preciso levar em consideração o reforço da sua imagem pessoal. Com o branding certo, você passa a se comunicar, se portar e se vestir melhor — de maneira condizente com seus objetivos de longo prazo e público-alvo. Assim, transmite mais credibilidade.
Em vista dos fatores citados, pode-se chegar à conclusão de que o branding pessoal influencia positivamente o crescimento da carreira, tanto ao acelerar o processo como ao aumentar o preparo do líder. Dessa maneira, além de mais rápido, o líder pode ir mais longe.
Como construir o branding pessoal?
O investimento em branding pessoal é, como dito, um processo contínuo. Sua marca depende de cada ponto de contato com seu público-alvo (clientes ou colaboradores), e não de uma única ação. Mesmo assim, algumas dicas são úteis e merecem atenção.
Primeiro, é preciso saber: hoje, você já tem uma marca. Ela pode não ser clara, cativante ou bem planejada, mas você certamente já tem uma marca. Essa marca é a impressão que você deixa nas pessoas. Aqui, então, vamos entender como moldá-la de maneira correta.
Ao investir em branding pessoal, é importante conhecer a si próprio. Entender claramente seus objetivos, interesses, público-alvo e ambições, bem como sua personalidade. A marca deve considerar e refletir tudo isso, do contrário, não será autêntica. Veja mais adiante.
Saiba quais são seus objetivos
Sua marca pessoal deve simplificar o alcance dos seus objetivos, permitindo que você tenha mais facilidade em conquistá-los. Portanto, comece com uma boa reflexão sobre o que você deseja alcançar. Um cargo de diretoria? Migrar para consultoria? Ser um especialista?
Se você deseja ser um professor universitário, por exemplo, deve contar com uma marca pessoal diferente de um empreendedor ou gestor industrial. Todos são objetivos relevantes, mas que exigem atributos diferentes (e sua marca deve refletir esses atributos).
Portanto, pergunte para si mesmo: onde desejo estar daqui a 5 anos? Se for um horizonte muito distante, pode reduzir para apenas 3 ou 2 anos. O mais importante é que sua marca pessoal reflita bem esses interesses e facilite o alcance dos resultados desejados.
Conheça profundamente a si próprio
As pessoas contam com diferentes características, tanto físicas quanto psicológicas, e isso deve ser considerado. Algumas pessoas são baixas, e outras altas. Há gente introvertida e há quem goste de ser o centro das atenções. Suas características não são um problema, mas é um enorme problema você não conhecer de maneira profunda e autêntica a si mesmo.
Portanto, pare para olhar para si próprio. Quais características podem facilitar o alcance dos seus objetivos e devem ser reforçadas em sua marca? Quais pontos fracos precisam ser neutralizados e, eventualmente, corrigidos? A maneira como você fala, gesticula e atende as pessoas é condizente com o que quer imprimir em termos de marca? São boas questões.
Entenda como as pessoas te enxergam
Como explicado, você já conta com uma marca. É basicamente a maneira como as pessoas te enxergam atualmente. É o que você está "imprimindo" na mente e no coração de quem se relaciona com você. A questão é: que marca é essa? Ela é condizente com o que você deseja?
Para entender melhor essa questão, nada melhor do que conversar francamente. Peça para que alguns dos seus amigos, colegas de trabalho ou liderados falem sobre você, fornecendo um feedback sobre seu atual perfil e identidade. Assim, conhecerá melhor sua marca atual.
Depois, faça um comparativo: sua marca atual está bem alinhada àquela desejada? Você está transmitindo exatamente o que deseja transmitir? Quais as principais discrepâncias e como pode agir sobre elas? Desse modo, terá material suficiente para iniciar o trabalho.
Defina sua marca pessoal como líder
É hora de definir mais claramente a marca que deseja transmitir, isto é, como você quer ser visto e lembrado pelas outras pessoas. É algo difícil, é claro, mas essencial para a construção do seu branding. Quanto mais específico for, mais fácil será o processo.
Pense bem. A marca que deseja construir determinará uma série de outras coisas, como a forma de se vestir, falar e se relacionar. Também determinará seu estilo de liderança, suas competências técnicas e comportamentais (soft skills). Logo, é algo realmente importante.
Para deixar a coisa mais fácil, responda a três coisas:
- Como quero que as pessoas me vejam?
- Quais atributos devem ser ressaltados como líder?
- O que definitivamente não quero transmitir?
Escreva sua resposta, depois revise e edite até que fique satisfeito. Seja autêntico, pense nisso como uma conversa franca consigo mesmo. Lembre-se sempre de que é um passo muito importante e determinará suas próximas escolhas, inclusive decisões de longo prazo.
Monte uma estratégia
Após as etapas de autoavaliação e delimitação da marca pessoal, é hora de definir a estratégia para que seu branding efetivamente ganhe vida. Pense nessa estratégia como o conjunto de passos que devem ser dados — o caminho — para a efetivação da sua marca.
Para tanto, comece questionando-se: quais passos devem ser dados para construir a marca pessoal que desejo? Depois, complemente: esses passos podem ser subdivididos em outros menores e mais fáceis? Se sim, quais? Liste suas respostas. É seu checklist. Seu caminho.
Há muitos passos em potencial, por exemplo, construir um dress code condizente com uma liderança transformadora, melhorar sua oratória, desenvolver certas competências comportamentais ou aperfeiçoar sua comunicação não verbal. É preciso ser criativo.
Dedique-se diariamente ao branding pessoal
Ao colocar em prática todos os tópicos anteriores, você saberá exatamente o que fazer para desenvolver sua marca pessoal e como fazer isso. Agora, é o momento decisivo: você precisa colocar a "mão na massa" diariamente, de maneira intensa, regrada e consistente.
Tenha em mente que sua marca não é o que está escrito em um pedaço de papel. É o que as pessoas enxergam quando se relacionam com você, após cada ponto de contato. Assim, não adianta ter um branding maravilhoso no papel se ele não se tornar realidade na prática.
Na etapa de execução, vale contar com a ajuda de outras pessoas. Familiares, colegas de trabalho ou profissionais especialistas no assunto. Com as pessoas certas ao seu lado, fica mais fácil identificar e corrigir falhas, depois continuar caminhando na direção certa.
Quais os erros a serem evitados?
Ao desenvolver sua marca pessoal, é preciso tomar cuidado com alguns erros. Equívocos que podem colocar em risco sua estratégia de branding, assim como sua saúde e bem-estar, afetando sua posição de liderança. Mas quais erros são esses? Como lidar com eles?
Tentar ser outra pessoa
Sua marca pessoal deve refletir quem você realmente é, reforçando seus pontos fortes e características que facilitam seus objetivos de longo prazo. Se você tenta reforçar aspectos que não fazem parte do seu perfil, torna-se pouco autêntico e pode ter problemas.
Se você é uma pessoa séria, analítica e cautelosa, por exemplo, não adianta muito tentar desenvolver uma imagem espontânea, divertida e arriscada. Não é você. É possível desenvolver uma ótima marca com suas próprias características, então não force ser outra pessoa.
Depender sempre da validação dos outros
Por mais contraditório que possa parecer, cuidado para que sua marca pessoal não se torne excessivamente dependente da validação de outras pessoas. Não busque sempre por aprovação, consentimento ou feedbacks positivos, pois isso pode gerar prejuízos.
O feedback de outras pessoas deve ser um referencial, não um veredito. Só você sabe o caminho que já percorreu, o que ainda está por vir e o que efetivamente precisa ser mudado. Portanto, confie em você, na sua autoavaliação, e não se torne muito dependente.
Deixar de lado saúde, bem-estar e psicológico
Ao falar em marca pessoal, é muito comum que as pessoas imediatamente pensem em coisas que podem ser observadas. Por exemplo, suas roupas, paleta de cores, corte de cabelo ou postura. Entretanto, há coisas intangíveis e invisíveis que fazem parte da sua marca.
Sua saúde psicológica e bem-estar são duas coisas prioritárias. Cuide bem disso. A marca pessoal invariavelmente vai refletir a forma como você se relaciona consigo mesmo e cuida do psíquico. Se um bom trabalho interno não for feito, o trabalho externo vai falhar.
Como uma empresa especializada pode ajudar?
O investimento em branding pessoal não é um caminho exatamente fácil. Há muitas coisas, visíveis ou não, que devem ser trabalhadas para que você possa imprimir a imagem certa e se diferenciar como líder. Por isso, pode ser útil contar com especialistas.
Há empresas especializadas em branding pessoal que ajudam você a definir objetivos e estratégias, bem como melhorar o dress code e a postura diária. Assim, torna-se mais fácil seguir o caminho correto e, passo a passo, imprimir a marca desejada no público-alvo.
Outras empresas focam em como desenvolver lideranças, garantindo que profissionais líderes contem com competências e recursos (inclusive branding pessoal) suficientes para a obtenção de grandes resultados. Assim, o trabalho torna-se mais simples e menos solitário.
Ao escolher uma empresa especializada, é preciso considerar bem quatro coisas:
- o seu produto central: o que ela realmente oferece e você vai tomar como serviço;
- a qualidade da sua equipe: os profissionais envolvidos e a experiência de mercado;
- os casos de sucesso: os líderes que já passaram pelo processo e seus resultados;
- a relação custo-benefício: não se preocupe apenas com o preço. É um grande erro.
Veja, agora você está por dentro do tema. Lembre-se de que existem muitos tipos de branding, como aqueles voltados à construção de marcas para os consumidores ou empregados (employer branding). Um dos mais importantes, entretanto, é o chamado branding pessoal.
Para líderes, a construção de uma marca pessoal pode agregar uma série de vantagens, como o aumento da autoridade e a maior atração de talentos, o que resulta em crescimento de carreira. Para tanto, é preciso conhecer a si mesmo, definir objetivos e o branding que deseja, depois colocar tudo em prática. Se possível, conte com uma empresa especializada.
Gostou do nosso artigo? Aproveite, agora, para entrar em contato conosco, entender muito mais sobre desenvolvimento de liderança e descobrir como podemos te ajudar. Vamos lá!