Liderança

Qual é o impacto da liderança emocional para um líder?

Qual é o impacto da liderança emocional para um líder?

Ainda existem líderes que acreditam nas imposições e na intolerância como características fundamentais para manter a ordem entre os liderados. Entretanto, cada dia mais tem ficado claro o quanto o equilíbrio proporcionado por uma liderança emocional contribui como ferramenta poderosa na gestão de uma organização.

Muitas são as repercussões do equilíbrio — ou da falta dele — nas relações interpessoais, na produtividade e no próprio clima organizacional, que tendem a seguir a personalidade principal e preponderante da equipe.

Exatamente devido a isso, desenvolvemos o conteúdo de hoje. Nosso objetivo é mostrar a importância do equilíbrio trazido pela liderança emocional para a vida profissional (e pessoal) do líder e de que forma essa habilidade pode impactar toda a gestão da empresa. Boa leitura!

O que é liderança emocional?

O conceito de liderança emocional foi criado por Daniel Goleman, Richard Boyatzis e Annie Mckee, divulgado no livro Primal Leadership. Baseada nos pilares da inteligência emocional, esse tipo de liderança, se refere à capacidade que um líder tem para compreender as emoções dos seus colaboradores.

Ela envolve, essencialmente, o autoconhecimento, que possibilita gerar um equilíbrio entre os processos da empresa e as boas relações no ambiente de trabalho. Dessa forma, os líderes desempenham um importante papel emocional no ambiente organizacional, pois são responsáveis por encaminhar as emoções de seus liderados de maneira positiva, incentivando-os nos momentos estratégicos.

Isso porque para ser um bom líder é preciso conhecer e saber administrar as próprias emoções, tendo consciência dos impactos que elas podem provocar em seus liderados. Nesse sentido, o líder emocional é o profissional capaz de potencializar as características positivas de toda a sua equipe.

Quais são os tipos de liderança emocional?

Um bom líder é aquele profissional que conhece e domina cada um dos tipos de liderança emocional e sabe o momento adequado para aplicar cada um deles.

Isso porque há diversos tipos de liderança emocional e cada um deles apresenta características particulares, porém todos são fundamentados na compreensão das emoções daqueles que estão ao redor. A seguir, conheça os diferentes estilos de liderar com emoção.

Democrático

O estilo democrático de liderar, valoriza a contribuição de cada integrante da equipe e é adequado em momentos que requerem consenso.

Autoritário

Embora a conotação de autoritarismo possa parecer ruim, nesse contexto, a liderança autoritária ajuda no atingimento de metas e objetivos difíceis, motivando a equipe a alcançar os resultados esperados. Porém, quando utilizado de maneira equivocada, pode ter um efeito negativo.

Instrutor

Esse é o estilo de um líder que se preocupa com o alinhamento dos colaboradores com os objetivos da organização. Isso ajuda a equipe a ser mais eficiente e focada.

Maternal ou afetivo

O estilo maternal ou afetivo é aquele que consegue criar um ambiente harmônico na organização. Esse é um aspecto fundamental, que auxilia na resolução de conflitos, motiva a equipe em momentos difíceis e ajuda a melhorar o relacionamento entre os colaboradores.

Direcionador

O líder direcionador é capaz de instruir a equipe de maneira clara e objetiva em situações de emergência, sempre mantendo a calma. Com o seu autocontrole, consegue transmitir segurança, direcionando a situação para um desfecho positivo.

Visionário

O líder visionário compartilha os seus sonhos e projeções com os membros da equipe. Essa atitude proporciona um efeito muito positivo, sendo essencial em momentos de mudanças que exigem novas perspectivas, com inovações e orientações claras, típicas de uma gestão transparente.

Como o equilíbrio emocional interfere no desempenho pessoal?

O equilíbrio emocional está diretamente relacionado ao sucesso — principalmente dos profissionais que lideram equipes. Isso acontece devido à necessidade de se desenvolver o controle das emoções em ambientes corporativos, cujas demandas são, muitas vezes, voltadas para a solução de conflitos.

Ter inteligência e conhecimento da área é um importante fator para o sucesso, mas não suficiente para manter uma vida profissional equilibrada e harmônica. Aliada aos conhecimentos técnicos, existe a inteligência emocional, uma das maiores responsáveis por fazer com que os resultados pessoais e profissionais estejam em patamares satisfatórios.

Assim, um líder que está com sua parcela emocional devidamente equilibrada consegue se posicionar de forma sábia e eficaz, pois, ao administrar suas emoções, ele também realiza a organização do seu ambiente de trabalho de maneira efetiva. Obviamente, tudo isso afeta o desempenho de maneira positiva.

De quais formas a empresa é afetada?

O desequilíbrio emocional pode prejudicar não só a performance do líder, mas também a de todos os seus comandados, que se baseiam em atitudes e ordens superiores para a execução das atividades diárias. Em razão disso, o gestor precisa se tornar um exemplo a ser seguido pelos subordinados — e isso é possível por meio de algumas atitudes básicas.

Nesse contexto, boas condutas e comportamentos do gestor impactam os resultados organizacionais de várias formas benéficas. Veja, a seguir, algumas delas.

Resolução de conflitos interpessoais

O líder é o principal responsável pela solução de conflitos entre os colaboradores, certo? Para que isso seja feito de maneira eficaz, ter equilíbrio emocional é um requisito fundamental. Com as emoções sob controle, é possível ser imparcial ao analisar a situação e definir o desfecho mais adequado, ouvindo o que todos os lados têm a dizer.

Entrega de trabalhos dentro dos prazos

Cumprir os prazos das tarefas, estabelecendo objetivos possíveis e consolidados de forma consciente e democrática, é a melhor maneira de manter a harmonia organizacional. Afinal, de que adianta estabelecer metas inalcançáveis ou para serem cumpridas em prazos ilógicos?

Objetivos mal definidos causam uma tremenda frustração em todos na organização. Assim sendo, ter equilíbrio emocional permite que o líder estabeleça as melhores condições e prazos de trabalho.

Proatividade

Saber os momentos de tomar a iniciativa diante das adversidades é consequência natural de uma mente com equilíbrio emocional. No fim das contas, conhecer as próprias emoções e desenvolver maneiras de controlá-las faz com que enxerguemos os piores obstáculos como simples contratempos, trazendo a proatividade e a iniciativa à tona.

Versatilidade e flexibilidade

Foi-se o tempo em que eram considerados bons líderes aqueles "de uma palavra só". É claro que ter firmeza em suas decisões é fundamental, mas a flexibilidade e a versatilidade são igualmente ou até mais importantes. Assim, quando emocionalmente equilibrado, o líder é capaz de se adaptar às mudanças contínuas, bem como aos diferentes tipos de conflitos.

Engajamento da equipe

Destacar-se como líder está intimamente ligado ao modo como você consegue engajar seus liderados. Ao criar conexões significativas entre todos os membros da equipe, eles aumentam a produtividade e os resultados da empresa. Isso acontece porque passam a se sentir motivados e satisfeitos com o trabalho e com a figura de liderança.

Quais livros ajudam a desenvolver a inteligência emocional?

O desenvolvimento da inteligência emocional depende, essencialmente, do conhecimento desse conceito. Para isso, selecionamos importantes livros que tratam do assunto, conforme comentamos a seguir.

Inteligência Emocional

Esse clássico de Daniel Goleman — especialista na ciência do cérebro — é uma das maiores referências quando pensamos em inteligência emocional. A obra representa uma verdadeira transformação de pensamento na Psicologia, no desenvolvimento pessoal e na liderança.

Goleman afirma que nossa forma de enxergar a inteligência é muito limitada. Ele também reconhece que temos uma gama inimaginável de capacidades que podem ser plenamente desenvolvidas, sendo que a inteligência emocional é a porta para que isso aconteça.

Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes

Um clássico sobre desenvolvimento pessoal, o livro escrito por Stephen R. Covey nos oferece um ponto de vista único em sua obra. A partir de uma abordagem holística, o doutor Covey dá dicas de como obter sucesso, bem-estar e felicidade, tudo isso aliado aos conceitos de organização humana e justiça social.

Além disso, ele apresenta orientações de como melhorar a segurança, a autoconfiança e as relações interpessoais a partir do uso correto da inteligência emocional.

Conversas Cruciais

O livro de Joseph Grenny, Kerry Patterson, Ron McMillan e Al Switzler é um bestseller do New York Times, já vendeu mais de 3 milhões de cópias ao redor do mundo e foi transformado em treinamento pela VitalSmarts.

Nele, os autores definem conversas que demandem equilíbrio emocional e apresentam um roteiro completo com ferramentas e habilidades para desenvolver diálogos mais transparentes e eficazes, sobre qualquer assunto, com qualquer pessoa.

Quais são as características da liderança emocional?

A liderança é caracterizada, essencialmente, pelo autoconhecimento. A partir dessa habilidade, outras características essenciais ligadas ao desenvolvimento da inteligência emocional, delineiam esse tipo de liderança.

Autoconhecimento

O líder, que desenvolveu o autoconhecimento, tem certeza sobre as suas habilidades. Isso proporciona muito mais segurança na tomada de decisões. Além disso, quando temos uma boa relação com o nosso eu, conseguimos construir relações saudáveis com as pessoas, com maior facilidade.

Autocontrole

O autocontrole é uma habilidade essencial para um líder, já que o auxilia em situações de conflito. Dessa forma, ele consegue analisar a situação vivenciada e responder de maneira acertada.

Trata-se de uma soft skill importante também em momentos que exigem assumir a responsabilidade pelos próprios atos. Isso porque um líder também comete erros e precisa saber assumi-los em vez de culpar a equipe.

Motivação

Para conseguir manter uma equipe motivada, o líder precisa ter automotivação. E, para tanto, é necessário ser resiliente e exercitar a adaptabilidade, a fim de alinhar os seus objetivos com os da empresa, não permitindo que eventuais obstáculos afetem a produtividade da equipe.

Empatia

Ser empático não significa apenas se colocar no lugar do outro, mas sim ter a capacidade de ouvir a sua equipe de modo a compreender as diferentes personalidades e dificuldades individuais.

Habilidades sociais

Um bom líder emocional precisa exercitar a inteligência social. Isso ajuda a gerenciar conflitos, ter uma comunicação acertada, bem como construir relações duradouras e saudáveis.

Como vimos, os impactos da liderança emocional sobre as equipes são inúmeros. Isso porque ao trabalharmos a inteligência emocional e liderança, todos os campos da vida tendem a se harmonizar. Portanto, não deixe para depois seu aprimoramento pessoal. Comece a buscar formas de se equilibrar pessoal e profissionalmente agora mesmo!

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