Provavelmente você já ouviu a expressão “workaholic” por aí, não é mesmo? O termo é usado para se referir a alguém viciado em trabalho. Não é o tipo de profissional que orgulhosamente se intitula apaixonado pelo que faz, mas aquele que não consegue se desvencilhar das suas funções. É importante que você entenda o que é workaholic para conseguir identificar se você ou algum conhecido apresenta traços desse comportamento.
E, com a missão de ajudar você nessa jornada, trouxemos as principais informações sobre o assunto, incluindo as características mais marcantes de um workaholic e as estratégias que você pode usar para não se tornar um. Gostou da ideia? Então, saiba mais!
O que é um workaholic?
Como você já viu, workaholic é aquela pessoa viciada em trabalho. E, por vício, queremos dizer dependência mesmo, como uma espécie de comportamento compulsivo que faz um indivíduo chegar antes e sair depois de todo mundo da empresa.
Apesar de muitas pessoas acreditarem que esse é o tipo de conduta de alguém esforçado e comprometido, na verdade pode ser um indício de desequilíbrio. O workaholic não é aquele que trabalha mais do que todos, mas alguém que não consegue usar sua jornada de forma eficiente, leva mais tempo do que precisaria para concluir dadas tarefas e, em muitos casos, prefere estar na empresa a viver sua vida pessoal.
Quais são as suas características?
Uma pessoa apaixonada pelo que faz busca dar sempre o seu melhor, especialmente quando está na empresa. Porém, tem muito bem definidos os limites das suas obrigações. Em outras palavras, ela foca completamente nas suas atividades desde o momento em que chega até o momento em que sai da empresa, sempre priorizando os melhores resultados.
O workaholic não. Apesar de passar muitas horas do dia dentro das dependências da empresa, ele é pouco efetivo no que faz. Tende a ser um profissional centralizador, tem dificuldade em delegar tarefas e se envolve em pormenores desnecessários. Além disso, pode atrapalhar o desempenho de outras pessoas.
Como quer estar sempre envolvido em mais e mais trabalho, não consegue concluir com maestria praticamente nenhuma das suas atividades. Isso faz com que ele acabe levando o trabalho para terminar em casa, já que desconhece os limites das suas obrigações.
Por viver sempre em função das atividades da empresa, é comum que se sinta sobrecarregado, cansado e estressado. Isso também faz dele um péssimo colega de trabalho. Além de ser irritadiço na empresa, ele ainda espera que os demais ajam como ele, o que pode ser uma fonte constante de conflitos na organização.
Outra característica marcante dos workaholics é que eles têm péssimos hábitos, em geral, e não costumam cuidar da sua saúde. Alimentam-se mal, comem enquanto trabalham, não têm momentos de descanso e até podem desenvolver insônia.
Em função da “falta de tempo”, não conseguem encaixar atividades físicas na sua agenda. Pelo mesmo motivo, deixam de fazer atividades prazerosas, como desfrutar de um momento de lazer com a família ou desenvolver algum hobby.
Não raras vezes, os workaholics acabam entrando em um ciclo depreciativo da própria saúde, desenvolvendo transtornos como pressão alta, ansiedade, estresse crônico, depressão e burnout. Dessa forma, prejudicam não só a eles mesmos, mas a toda a empresa.
Como não viver só para o trabalho?
Se você não quer acabar como um workaholic e, ainda por cima, prejudicar a sua saúde, o seu bem-estar e os seus relacionamentos, é melhor ficar atento a alguns fatos e começar a adotar certos cuidados. Fique de olho nos principais deles!
Tenha um planejamento eficiente
Ser um workaholic não é um sinônimo de produtividade. Pelo contrário, se você precisa trabalhar mais do que a quantidade normal de horas, é sinal de que você não está sendo efetivo no que faz. E a melhor forma de combater a ineficiência é com um planejamento que permita que você cumpra com todas as obrigações ao longo do dia.
Comece o seu dia resolvendo o que é mais importante ou difícil primeiro. Assim, à medida que as urgências forem surgindo ou que a sua energia for diminuindo, o que resta a fazer é mais simples do que o que estava no topo da lista.
Foque no que é essencial
Outro erro comum que pode levar as pessoas à sobrecarga no trabalho: dizer “sim” para tudo, incluindo coisas irrelevantes. Comece a selecionar melhor aquilo com o que você se compromete para poder se dedicar mais ao que realmente importa.
Descarte reuniões em que a sua participação não vai agregar tanto valor, inative seu e-mail enquanto estiver trabalhando em projetos importantes, recuse projetos que não estão na sua especialidade. Pode parecer arriscado, mas, acredite, isso vai fazer com que você consiga entregar mais qualidade em menos tempo.
Equilibre vida profissional e pessoal
Esqueça a ideia de que abrir mão da sua vida pessoal para dar conta do trabalho é algo positivo. Não é. Tudo o que você vai conseguir com isso é se sentir mais e mais cansado, voltando para a empresa com pouca energia e tendo cada vez menos condições de entregar o seu melhor.
Em vez disso, esteja completamente presente nos seus momentos pessoais. Desligue ou deixe o celular no silencioso, preste atenção às pessoas, faça coisas que o relaxem e assim por diante. Imagine a dinâmica entre trabalho e vida pessoal como uma corda bamba: sempre que você pender demais para um lado, cai.
Observe seus comportamentos
Qualquer pessoa está sujeita a desenvolver comportamentos viciosos em relação ao trabalho. Pode começar de forma sutil, como passar uma semana ficando além do horário na empresa, e acabar com uma viagem de família cancelada em função de uma reunião de última hora.
Por isso, é importante que você perceba quando os sinais estão começando a se manifestar, justamente para interromper o ciclo quanto antes. Fique esperto quanto a sintomas como:
- ser o primeiro a chegar e o último a sair da empresa;
- não ter nenhum hobby ou atividade que você goste de fazer a não ser trabalhar;
- estar frequentemente estressado, irritado ou cansado;
- não parar nem mesmo nos horários de refeição;
- verificar seus e-mails de forma compulsiva, querendo resolver tudo o tempo todo;
- agir de forma impaciente com os colegas ou ter conflitos constantes com eles por trabalho;
- não ter outro assunto para conversar que não seja o trabalho.
Como vimos, é importante saber que um workaholic perde a sua qualidade de vida em função dos comportamentos compulsivos em relação ao trabalho. E, ao contrário do que muitas pessoas pensam, isso não é de forma alguma admirável.
Então, mantenha-se atento sempre que começar a identificar os sinais e dedique-se a desenvolver outras atividades de que você gosta. Isso fará bem para a sua mente, para as suas relações e, inclusive, para o seu desempenho na empresa.
E aí, qual foi a parte que você mais gostou de saber ao descobrir o que é workaholic? Deixe o seu comentário!